Nós utilizamos cookies para otimizar e aprimorar sua navegação do site, manter uma melhoria contínua no conteúdo oferecido e aperfeiçoar a experiência de nossos usuários. Todos os cookies, exceto os estritamente necessários, necessitam de seu consentimento para serem executados.
A Região Nordeste foi a primeira região do Brasil a ser visitada por espanhóis e portugueses, com as chegadas de Vicente Yáñez Pinzón no Cabo de Santo Agostinho (Pernambuco) em 26 de janeiro de 1500 e de Pedro Álvares Cabral em Porto Seguro (Bahia) Em 22 de abril de 1500, avistou o Monte Pascoal, marcando ocialmente a chegada dos portugueses ao continente americano. Apesar de a chegada no novo continente ser algo marcante, os portugueses, naquele momento, tinham como prioridade econômica o comércio de especiarias na Índia. Sendo assim, os portugueses caram poucos dias no Brasil e logo partiram para a Ásia com o intuito de encher os navios com as valiosas mercadorias lá obtidas. Portanto, dentro desse contexto, as possibilidades econômicas da América Portuguesa caram à margem, porque o comércio das especiarias era muito mais atrativo do que a possibilidade de expansão colonial. Assim, os primeiros trinta anos da história da América Portuguesa resumiram-se na instalação de feitorias no litoral brasileiro e na exploração dos trabalhos dos indígenas para a derrubada de pau-brasil, árvore valiosa pela resina vermelha que sua madeira possuía e que era útil no tingimento de tecidos. A Coroa dividiu seu território na América em 15 lotes de terra correspondentes a 14 capitanias e as entregou para os chamados capitães donatários. Esse sistema foi ocialmente implantado a partir de 1534. Tudo indica que as referências à ilhas no Oceano Atlântico, chamadas de Brasil, antes de 1500, eram os Açores. O nome, nesse caso, teria provavelmente relação com a brasa vulcânica das ilhas. No início do século 16, uma das ilhas dos Açores foi mesmo registrada com o nome Brasil. Entenda os Nomes do Brasil: Pindorama: Assim os índios chamavam essas terras quando Cabral chegou. Segundo Theodoro Sampaio, o termo da língua tupi pode ser traduzido como o país das palmeiras. A denominação continuou sendo usada pelos nativos, por muito tempo. Provavelmente, designava apenas parte do litoral do Nordeste. Nomes que o Brasil ja foi chamado:Terra da Vera Cruz: Segundo a Carta de Caminha, esse foi o primeiro nome dado por Cabral, em 22 de abril de 1500. Ilha de Vera Cruz: Nome usado por Caminha na assinatura de sua Carta, em primeiro de maio de 1500. Terra de Santa Cruz ou simplesmente Santa Cruz. Esse nome foi registrado em 29 de julho de 1501, na carta, em espanhol, do rei Dom Manuel, que informou aos Reis Católicos a descoberta do Brasil. D. Manuel cita também em outra carta de 1505, aos mesmos reis: "...á qual terra puz o nome de Santa Cruz: e isto foi porque na praia arvorou uma cruz muito alta. Outros chamam-lhe terra nova ou novo mundo". O nome Terra de Santa Cruz continuava sendo usado, em 1640, como indica o Atlas de João Teixeira Albernaz. Terra dos Papagaios: Essa denominação foi feita, principalmente por italianos, desde 1501, e depois na França. A denominação está em alguns mapas feitos até os anos 1520. Brasil: Sua origem é incerta, mas o nome era usado séculos antes da descoberta do Brasil, para ilhas do Atlântico. Foi adotado ocialmente para designar a Terra de Santa Cruz, desde 1530 ou antes, por D. João III. A ideia de que Cabral sabia ou suspeitava da existência do Brasil é uma bobagem. Os europeus acreditavam que existiam ilhas por essa área, mas pensavam que eram aquelas da costa da Ásia, indicadas em mapas da época. A expedição de Cabral, com 13 embarcações, era claramente comercial e buscava o lucro para seus nanciadores. Além disso, não havia razões para uma exploração secreta da área, pois, até 1504, apenas embarcações portuguesas navegavam pelo Atlântico Sul e os portugueses tinham pleno domínio dessas águas, que acreditavam serem suas. Estrategicamente, dobrar o Cabo da Boa Esperança foi muito mais importante, na época, e os portugueses não zeram segredo. As capitanias hereditárias foram a primeira medida real de colonização tomada pelos portugueses em relação ao Brasil. Com as capitanias, foi implantado um sistema de divisão administrativa por ordem do rei português D. João III, em 1534. A América Portuguesa foi dividida em 15 faixas de terra, e a administração dessas terras foi entregue aos donatários. As capitanias existiram no Brasil durante séculos, mas, a partir de 1548, uma nova forma de administrar o Brasil foi criada. Tourinho nasceu em Viana do Castelo, em 1490, e era um ocial da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia. Vendeu seus bens e deixou Portugal, em dezembro de 1534, com sua esposa Inês Fernandes Pinho, seus três lhos (Fernão, André e Leonor) e cerca de 600 colonos. Chegou em 1535 e instalou sua Capitania. Tourinho construiu sete igrejas e fundou oito vilas, incluindo a Vila de Nossa Senhora da Pena, com sede no atual Centro Histórico de Porto Seguro. Doou sesmarias aos colonos, incluindo uma ao primeiro Duque de Aveiro, com licença para construir um engenho de açúcar, que veio a ser o Engenho Santa Cruz. Em 1543, Tourinho escreveu ao Rei relatando a pobreza da Capitania, os conitos com os colonos e com os índios. Foi o mesmo ano da primeira nomeação conhecida (João Gonçalves Brandão) para a Provedoria da Fazenda Real, em Porto Seguro. Mas a Capitania não seria realmente pobre como reivindicava seu rigoroso donatário. Existiam recursos da pesca, do pau-brasil e de pelo menos um engenho de açúcar, além de muitos recursos naturais. Entre seus habitantes estavam muitos estrangeiros, incluindo franceses e espanhóis. Além disso, Tourinho construiu sete igrejas e fundou oito vilas, a maior quantidade entre todas as capitanias, até a época. Por volta de 1545, o donatário da Capitania da Bahia, Pereira Coutinho, refugiou-se em Porto Seguro, devido a conitos com os tupinambás. Caramuru veio visitá-lo. Ao retornar, em 1546, o navio de Coutinho naufragou e ele foi devorado pelos índios, em Itaparica. Em 1546, por forçar o trabalho nos dias santos, Tourinho foi acusado de heresia e levado para Portugal. Apesar de ser absolvido, ele não obteve permissão para retornar ao Brasil. Faleceu em Portugal, em 10 de outubro de 1553. Após o ciclo do pau-brasil, na primeira metade do século 16, Porto Seguro entrou em decadência. Em 1549, Fernão do Campo Tourinho, lho do donatário, retornou para comandar a Capitania. Esse foi a ano da fundação da Cidade do Salvador, da unicação política do Brasil e da chegada dos jesuítas, que fundaram um colégio e uma capela em Porto Seguro. Em 1553, a Vila de Porto Seguro foi incendiada pelos aimorés. Fernão faleceu e sua irmã Leonor herdou a Capitania, que foi vendida, por volta de 1559, a João de Lencastro, o Duque de Aveiro, proprietário do Engenho Santa Cruz. Em 1571, após sua morte, seu lho Pedro Dinis assumiu a Capitania. Fonte retirada na História Geral do Brasil de João Capistrano Honório de Abreu; HISTORIA DA CAPITANIA DE PORTO SEGURO: NOVOS ESTUDOS SOBRE A BAHIA COLONIAL SEC. XVI – XIX - 1ªED. de Francisco Cancela(UNEB), Tharles Souza Silva(UNEB),uiá freire dias dos santos(UNEB); Pindorama: terra das palmeiras de MARILDA CASTANHA; resumo feito por João Vitor S. Rocha em Maio de 2020 e editador Por Thaylane Domingos
Atendimento de segunda a sexta, das 08h – 14h
Fone: (73) 3012-0017
E-mail: gabinetedoprefeito@portoseguro.ba.gov.br